História

              O Ensino Médio Integrado foi criado a partir de estudos efetuados por comissão para avaliar as mudanças na Educação Profissional geradas pelo Decreto Nº 5.154, de 23/07/2004, instituí­do pela Ordem de Serviço Nº 42, de 21 de setembro de 2004. Sob comando da antiga Diretoria de Ensino Médio e Tecnológico – DENTEC, da Subsecretaria de Educação Pública da Secretaria de Educação do DF, formada por membros do mesmo setor, e orientação do Ministério da Educação e Cultura – MEC em 2004, foi possí­vel a concepção de uma nova proposta pedagógica de articulação entre o Ensino Médio e a Educação Profissional na qual além da formação geral para cidadania e acesso ao ensino superior, considerasse a preparação básica para o trabalho, oferecendo possibilidades aos jovens estudantes de construir competências laborais para o exercí­cio profissional.

              O Parecer CNE nº 277 de 20 de dezembro de 2005 torna real a possibilidade de implantação do Ensino Médio Integrado no Gama, após a conclusão do Plano de Curso em dezembro de 2005. O DODF nº 242, de 23/12/2005, publica o Edital nº 04 de 22/12/05 do 1º Processo Classificatório para ingresso de 160(cento e sessenta) alunos para compor 04(quatro) turmas no Centro de Ensino Médio Integrado do Gama – CEMI. Este funcionaria em espaço previamente destinado – O CEF 12, desativado em dezembro de 2005 para tal finalidade, após sofrer uma reforma.

              O Memorando nº 650/2005-DRE/Gama/GAB de 27/12/2005, comunica às escolas de Ensino Fundamental, 8ª série, do Gama as inscrições no dia 02 a 06/01/2006, para ingresso no EMI, marcando as provas para o dia 22/01/2006, nas instalações do CEM 01 do Gama (CG). Nesse primeiro processo seletivo participaram 515(quinhentos e quinze) inscritos.

              As 04(quatro) primeiras turmas iniciaram o ano letivo em 20 de fevereiro de 2006 nas instalações PROVISÓRIAS do CEF 02 do Setor Sul do Gama. O turno integral justificado pela integralidade de modalidades (Educação Básica e Técnica) tinha inicialmente 19 disciplinas, ampliadas para 21 no ciclo regular com a inserção das disciplinas Espanhol e Iniciação Cientí­fica e Tecnológica. Em 2020, o CEMI como escola piloto do Novo Ensino Médio, criou uma nova estrutura para os 1ºs anos que incluem as disciplinas eletivas.

              Em 15 de março de 2006, através da Portaria nº 094, publicada no DODF nº 053 de 16/03/2006 aprova a criação do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Gama, vinculada à Coordenação Regional do Gama.

              Em dezembro de 2006, Edital nº 005 de 20/11 /2006, DODF nº 224 de 23/11/2006, pág. 57, aconteceu o 2º Processo Seletivo para ingresso de alunos no ano de 2007. Houve 540 inscritos para 125 vagas cujas turmas seriam compostas de acordo com o número de salas disponibilizadas pelo CEF 02, para a continuidade do CEMI nas mesmas instalações provisórias. Esse fato impulsionou no dia 15/06 /2007 um ato público com alunos do CEMI-Gama na Sede Oficial, CEF 12, em que todos abraçaram a escola e desenvolveram um projeto com fotografias do local, análises da situação e elaboração de relatórios.

              No dia 11 de outubro de 2007, durante o “Governo nas Cidades” – ato do GDF em parceria com as Administrações das cidades para viabilizar as ações imediatas das Cidades, o CEMI participou com uma passeata até o Setor Central do Gama. Essa ação pressionou o Governador da época, José Roberto Arruda, que assinou publicamente uma Ordem de Serviço no valor de R$ 2,5 milhões para reforma/construção do Ensino Médio Integrado no antigo CEF 12, no Setor Oeste do Gama. Nesse mesmo ano, em 17 de dezembro, sob o Edital nº 008, DODF nº 222 de 21/11 /2007, aconteceu o 3º processo seletivo para ingresso de 50 alunos para o ano letivo de 2008. Em 2020 contamos com 13 turmas sendo quatro de 1º anos, quatro de 2º anos e cinco de 3º anos, totalizando 490 alunos.

              A partir do ano de 2010, o CEMI passou a funcionar nas antigas instalações reformadas do CEF 12, no Setor Oeste do Gama, porém não de acordo com o previsto para receber a nova escola. Foram necessários alguns reparos na rede elétrica, pois não suportava a demanda dos laboratórios de informática e demais dependências. Ao longo da sua existência, as instalações fí­sicas do Cemi foram modificadas para atender as demandas e necessidades, sendo realizadas com recursos da SEEDF, com recursos do PDAF, da APAM-CEMI e, mais recentemente, com recursos de emendas parlamentares.

              No perí­odo que compreende 2006 a 2011, o CEMI foi dirigido pela professora Alba Maria Cúrcio Ferreira Machado; de 2012 até 2016 estava sob a direção do professor Ariomar da Luz Nogueira Filho, ambos indicação e, posteriormente, eleitos no processo de gestão democrática, conforme preconiza a legislação vigente da época (Decreto 23.440 de 10/12/2002), atual Lei da Gestão Democrática – 4.751 de 07/02/2012. A partir de 2017 até a presente data está sob a direção do professor Carlos Lafaiete Formiga Menezes, eleito por processo de eleição direta.

              A portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016, instituiu o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, em conformidade com as diretrizes apresentadas pela Medida Provisória no 746, de 22 de setembro de 2016, que visa apoiar a implementação da proposta pedagógica de escolas de ensino médio em tempo integral das redes públicas dos estados e do Distrito Federal. E diante desta oportunidade de inserção ao programa, no mesmo ano passamos a trabalhar de acordo com o que rege a portaria citada:

              a)§ 5º – No caso das escolas em tempo integral em dois turnos, mencionadas no inciso IV, § 1º do art.               7º, a carga horária mí­nima deverá ser de 2.100 (dois mil e cem) minutos semanais por turno, com um               mí­nimo de 300 (trezentos) minutos de Lí­ngua Portuguesa, 300 (trezentos) minutos semanais de                            Matemática e 300 (trezentos) minutos semanais para atividades da parte flexí­vel.

              b)§ 6º – A proposta curricular das escolas participantes deve conter a parte flexí­vel em conformidade

              com as legislações vigentes.

              Ainda, em 2016, foram implementados os cursos FIC-Assistente de Recursos Humanos com um total de 210 horas, para alunos da rede pública e privada, no perí­odo  vespertino. O número de vagas disponí­veis para os cursos citados varia de acordo com o ano. Os cursos FIC têm por objetivo oportunizar aos estudantes de outras escolas do Ensino Médio, no contra turno, uma formação que possibilite o desenvolvimento de uma habilitação profissional técnica. Em 2020, o FIC oferece os cursos de Eletricista e Instalador Predial de Baixa Tensão, Assistente de Recursos Humanos e Administrador de Banco de Dados.

              A partir do ano de 2017, a escola passou a fazer parte do Programa do EMTI (Ensino Médio em Tempo Integral), que é uma das ações catalisadoras da nova proposta do Ensino Médio. Tem por objetivo melhorar o desenvolvimento de habilidades cognitivas associadas às habilidades socioemocionais através de oficinas focadas em ações práticas-reflexivas na perspectiva dos movimentos hand-on e minds-on. Atualmente contamos com as seguintes oficinas: Clube de foguete, Eletrotécnica, Leitura de Mundo, Inteligência Artificial, Pilates, Violão Básico, Violão Avançado, Piano Básico I, Piano Básico II, Mí­dias visuais, Leitura Musical, Desenhando com o lado direito do cérebro, Oficinas de Lí­ngua Portuguesa, Oficinas de Matemática, Formação de Hábitos Saudáveis.

              Em 2019, uma consulta à comunidade escolar aprovou por ampla maioria a implementação do Novo Ensino Médio. A partir dessa decisão, o CEMI tornou-se uma das escolas-piloto para efetivação da proposta no DF. A implementação tem sido gradual, iniciando com os estudantes matriculados na 1ª série no ano letivo de 2020, e será concluí­da no ano de 2022, com todas as turmas nessa nova modalidade.

              O ano de 2020 iniciou com o desafio de tornar efetiva a proposta de uma educação inovadora voltada para o século XXI no contexto dos programas do EMTI e do NEM. Com a suspensão das aulas presenciais esse processo tornou-se ainda mais desafiador e assumiu um ní­vel de maior complexidade em razão de diversos fatores: um número considerável de estudantes e professores sem acesso à internet e sem equipamentos de informática; corpo docente pouco habituado a utilizar os recursos educacionais digitais e comunidade com condições limitadas para acompanhar efetivamente a formação escolar dos educandos. Assim, nosso problema consistiu em planejar, gerenciar, acompanhar, implementar e avaliar ações para garantir o direito à educação e acesso ao conhecimento, gerando oportunidades de aprendizagem para a comunidade escolar no que diz respeito ao uso das ferramentas da cultura digital que permitem interações/participação mesmo em ambientes on-lines.

              Em 2021 o problema central mencionado anteriormente se mantém, acrescido dos desafios da implementação dos 3º e 4º semestres do NEM, que exigiu o planejamento e elaboração das trilhas de aprendizagem por área do conhecimento. Contudo, o trabalho foi facilitado em função das experiências vivenciadas em 2020, mas também, por causa da apropriação das ferramentas tecnológicas por todos os segmentos da comunidade escolar. í‰ importante acrescentar que no ano de 2021 ocorreram mudanças também no processo de seleção dos estudantes ingressantes: a avaliação classificatória foi substituí­da pelo sorteio eletrônico das vagas entre os inscritos.